terça-feira, 17 de novembro de 2009

LITERATURA


ESCRITORES MIRIENSES PARTICIPAM DA XIII FEIRA PAN AMAZÔNICA DO LIVRO, EM BELÉM
Os poetas/professores Antonio Marcos Ferreira e Israel Fonseca Araújo participaram da XIII edição da Feira Pan-Amazônica do Livro, ocorrida no período de 06 à 15 de novembro no Hangar, Centro de Convenções da Amazônia, Belém. Esses mirienses participaram de um “bate-papo literário” denominado “Com- Verso/a e Prosa”, sobre o livro “Contrastes, poemas que nascem na Amazônia”, que aconteceu no dia 07 de novembro, às 15h, no espaço dos Escritores Paraenses. Professores e alunos da Escola “Enedina Sampaio Melo” estiveram no evento, que mais uma vez foi um sucesso. É nessa Escola que os escritores lecionam, respectivamente, Filosofia e Língua Portuguesa. O momento contou ainda com a participação da Professora Vilma Brício (UFPA). Após a empreitada do “CONTRASTES”, os autores já caminham para outras novas viagens literárias.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

CULTURA E FÉ


O CÍRIO DOS QUE NÃO FORAM
A Localidade de Mamangalzinho, em Igarapé-Miri, festejou neste 2º domingo de outubro, mais uma edição do Círio de Nazaré, na Comunidade

Mais de 60 embarcações entre, barcos,rabetas, lanchas e voadeiras, acompanharam mais uma edição do tradicional Círio de Nazaré, na localidade de Mamangalzinho.A romaria fluvial iniciou por volta das 15 h com uma celebração alusiva em Vila Maiauatá. Em seguida a procissão ganhou as águas do Rio Maiauatá, com destino a comunidade ribeirinha de Mamangalzinho.
De acordo com algumas lideranças das da localidade, a Festa de Nossa Senhora de Nazaré, do Rio Mamangalzinho, teve inicio após uma promessa feita pelo Senhor José Roberto da Costa (Zé Roque) e sua esposa Dona Antonia Farias da Costa (Dona Sinhá), ambos já falecidos.
O senhor Zé Roque e Dona Sinhá eram genitores, da hoje professora aposentada Odete Maués, uma das baluartes da história da comunidade, que hoje é conhecida como C.C Nossa Senhora de Nazaré do Rio Mamangalzinho.
Tudo aconteceu no ano de 1953, quando na época a pequena Odete, de apenas dois anos de idade ficou muito doente, de uma febre extremamente alta, onde a crença popular da época afirmava que a menina havia “apanhado doença”.
Tendo a filha já “desenganada” por um médico conhecido por Doutor Novaes,os pais de Odete, apavorados com a situação, contrataram um “reboque” para levá-la para a cidade de Abaetetuba (já que na época era muito difícil conseguir embarcação motorizada. A cidade de “Abaeté”, conhecida pelos seus bons médicos e farmacêuticos (em alguns casos a exemplo de tantas cidades da Amazônia, o farmacêutico popular é reconhecido e respeitado como um verdadeiro médico).
Era época do Círio de Nazaré, em Belém do Pará, quando às oito horas da manhã, o Senhor Zé Roque e Dona Sinhá, ajoelharam-se em frente ao Cruzeiro da Igreja de Conceição, e rezando fervorosamente, clamaram à Deus, por intermédio da mãe de Jesus Cristo,Nossa Senhora de Nazaré, para que Jesus curasse a pequena Odete. Caso o milagre acontecesse, o casal mandariam que uma ladainha fosse rezada em sua casa, sempre por ocasião do Círio em Belém.
Para alegria e felicidade do casal, Odete foi curada, e assim o casal passou a cumprir a promessa de mandar rezar, em outubro de cada ano uma novena à Nossa Senhora de Nazaré, na casa do próprio casal.A ladainha durou por muitos anos, até que por alguns problemas, a família não conseguiu manter a novena, tentado assim transferir a festividade para recém constituída C.C local,ao que na época não fora aceita pela coordenação.
Anos depois, um senhor que trabalhava na Igreja de Santa Terezinha,em Belém, que visitava a Vila Maiauatá e hospedava-se na casa do Zeca Afonso, conheceu a Comunidade Cristã de Mamangalzinho e percebendo a ausência de uma festividade local ofereceu aos senhores Luiz Farias da Costa de Manoel José Farias da Costa (irmãos que na época atuavam na coordenação) uma imagem de Nossa Senhora de Nazaré (já que Nabor ouviu as narrativas a respeito do Milagre da cura da pequena Odete).Os irmãos, reuniram toda a coordenação, assim como a comunidade em geral, e decidiram aceirar a doação proposta por Nabor, e assim marcaram a data de procissão da chegada da imagem consagrada.
O senhor Nabor viajou para Belém e na data combinada voltou trazendo a imagem de Nazaré, que a partir daquela data passou a ser novamente festejada (agora na sede da Comunidade Cristã).
A Festa de Nazaré, do Rio Mamangalzinho, é hoje uma festas religiosas mais populares do distrito, recebendo todos os anos, na época do Círio,centenas de pessoas dos mais diversos lugares, como: Vila Maiauatá, Cidade de Igarapé-Miri,Acará, Moju, além das dezenas de comunidades ribeirinhas das circunvizinhanças.
Maria Odete da Costa Maués, hoje tem 58 anos, é professora aposentada, casada, mãe de oito filhos e 19 netos, conta que aprendeu com os amigos e na vida cristã que “quem tem Deus, tem tudo”, e que a frase proferida por Padre Henrique, continua sendo verdadeira, pois de fato “O homem só cresce em Comunidade”.

(Por Antonio Marcos Ferreira)

terça-feira, 29 de setembro de 2009

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE


PROJOVEM URBANO JÁ ATENDE QUASE 400 JOVENS EM IGARAPÉ-MIRI

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens, do Governo Federal (PROJOVEM), desde de abril deste ano em Igarapé-Miri, já atendeu quase 400 pessoas na área urbana no município.Segundo a professora Maria Gabriela Bastos ( Assistente Social e professora de Participação Cidadã do Programa, em Igarapé-Miri), o PROJOVEM urbano busca atender principalmente os jovens da cidade, que se encontram em situação de vunerabilidade social. O programa possui três vertentes, sendo elas:

1) Proporcionar Educação Básica ao jovem, nas áreas de Língua Portuguesa, Ciências Naturais e Humanas;
2) Propor Qualificação Profissional ao jovem (apontando as para áreas: Agroextrativismo, Madeiras e Móveis e Construção e reparos);
3) Promover a emancipação do jovem para o exercício da participação cidadã;

O programa atende atualmente 365 alunos, divididos em 10 turmas, no Pólo que é sediado na Escola Aristóteles Emiliano de Castro (Ginásio). Os alunos também recebem uma bolsa de 100 reais, como incentivo do governo.
Para a Professora Gabriela, em Igarapé-Miri, o desafio tem sido extremamente gratificantes e os resultados vão surgindo à cada momento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

“Escola Açaí” foi tema da 2ª Conferência Municipal de Educação de Igarapé-Miri

“1. Ato ou efeito de conferir.
2.Confronto, cotejo. 3. Congresso”: assim encontramos definido no Dicionário MiniAurélio o termo Conferência. Eu definiria uma Conferência como um dos mais importantes canais de participação da Comunidade na vida cidadã, legado de nossa “Constituição Cidadã”/1988, que nada mais é do que uma inegável conquista da sociedade brasileira – a civil organizada, ressalte-se. É a vivência, por excelência, do princípio da Participação, da Representatividade (Art. 1º/CF/1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. O ano de 2010 marca o ano da Conferência Nacional de Educação (CONAE, devidamente propalada pela Mídia) e, por isso, Estados e Municípios devem fazer as suas ainda em 2009.
Igarapé-Miri, com bastante atraso, realizou a sua 1ª Conferência Municipal de Educação em 2007 – cujo saldo de tanto esforço parece que não podemos ainda vislumbrar – e, entre 20 e 22 de agosto último, fez acontecer a sua 2ª edição. “Coisa” bastante esperada pela sociedade local, notadamente por educadores(as). O tema Central foi “Escola Açaí: princípios, diretrizes e ações da educação”. A “Escola Açaí” é a proposta pedagógica de escola Pública para o nosso “Caminho de Canoa”, apresentada à sociedade miriense na Abertura Oficial do Evento, cuja exposição coube ao Prof. Esp. Janilson Oliveira Fonseca, atual Secretário Municipal de Educação deste Torrão.
Foram trabalhados nas plenárias de preparação à Conferência Magna os Eixos Norteadores: a) Acesso e permanência do educando na escola, com sucesso; b) Valorização dos Profissionais da educação; c) Gestão democrática da educação no âmbito do Município; e d) Controle da Gestão Pública: participação e controle social, por meio de Conselhos. Nos dias “oficiais” do Evento houve Mini-Plenárias em torno desses mesmos Eixos, com acolhimento das Propostas vindas das Pré-Conferências e colhimento de Propostas nos dias penúltimo e último da 2ª Conferência.
Enfatizo aqui um dos pontos mais debatidos nas “rodas” de conversa entre educadores(as) do Miri, nos últimos anos: Eleições Diretas para Gestores das nossas Escolas (cf. item “c”, acima), já referidas na nossa (quase caduca) Lei Orgânica!, mas que até 2009 não vimos sair do papel, nem das conversas. Imagina-se que se está fazendo um teste para que se possa comprovar o ditado popular: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Tema este, o das Eleições diretas para dirigentes escolares, enfatizado e reiterado na 1ª edição.
Uma grande equipe de técnicos da SEMED e servidores/colaboradores(as) percorreu os oito Distritos administrativos de nosso “Caminho de Canoa Pequena” (cidade/Sede; Vila Maiauatá; Anapu; Icatu; Caji; Pindobal; Meruú-Açu e Alto Meruú), durante a realização das Pré-Conferências, que ocorreram entre os dias 11 e 14/08/09. A participação de seis (06) segmentos sociais diretamente envolvidos na Educação Escolar do Miri foi de fundamental relevância para o sucesso do “Congresso”: Pais; Alunos; Professores; Gestores/Coordenadores Escolares; Funcionários de Apoio e Movimentos Sociais. Digo que, entre muitos prós e tantos contras, fomos sucedidos nessa empreitada – que não é apenas do Governo Municipal e, sim, da sociedade miriense que acredita na nossa Escola Pública e que nela labuta e por ela luta todos os dias da semana.
Na edição de 2007, este professor presenciou até a um bate-boca no último dia da Conferência e, para esta, tinha feito “preces” para não ter de ver “tal gesto educativo” nesta 2ª. Felizmente, não foi preciso um trabalhador rural ensinar algumas pessoas acadêmicas a se portarem de maneira elegante!. Uma conseqüência prática desta 2ª edição poderá ser a criação do CME (Conselho Municipal de Educação) de Igarapé-Miri, que instituirá o Sistema de Ensino deste Município: são anos de atraso que precisam ficar para trás e serem superados com a mediação desse Conselho, que cuidará da regularização de uma série de “coisas” (“básicas”, como Cursos das nossas Escolas), a fim de podemos avançar com a nossa Educação Escolar, nem que seja a lentos passos. Fica aqui a nossa torcida para que o amanhã seja-nos mais digo de louvor: nisso quero acreditar. Que assim seja.

Prof. Israel Fonseca Araújo(*)
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(*) Brevíssima Nota Autobiográfica: Educador do Município de Igarapé-Miri (PA): da SEMED e da SEDUC-PA (Português). Até então Gestor da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Caetano Corrêa Leão”. Poeta, cronista, colaborador dos jornais: A Folha de Maiauatá e Jornal Miriense; dos blogs afolhademaiauata.blogspot.com; escolaenedinasampaio.blogspot.com. Mantém a página www.fonsecaraujo.blogspot.com (com Isaac Fonseca, educador popular, acadêmico de Letras/Português (UEPA)); escreve no Recanto das Letras (www.recantodasletras.uol.com.br). Especialista em Estudos Linguísticos e Análise Literária (UEPA) e Licenciado Pleno em Letras/Português (UFPA). Ex-Professor no Curso de Letras, no IESSB-CAPANEMA/PA.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RISOS COLHIDOS E GERADOS NA CONFERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇAO (Moju - PA, setembro de 2009)

A proposta deste texto é expor aos nossos prováveis leitores/as algumas “coisas” que pescamos na CONFERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇAO (Tocantins), realizada entre os dias 18 e 19 de setembro de 2009, em Moju/PA. Fala de fatos realmente ocorridos, mesclados a outros que a nossa imaginação gerou; alguns notadamente engraçados, outros... deixamos por sua conta (e risco). Pensando num mínimo de metodologia, optamos por dividi-lo em itens, quais sejam:
1. A CHEGADA DA DELEGAÇÃO DE LIMOEIRO DO AJURU, COM UM DIA DE ANTECEDÊNCIA À ABERTURA OFICIAL (um outro olhar para o redário): o redário é o lugar destinado para armadores de redes de dormir. Imaginamos que, em virtude da citada chegada “antecipada”, quase todos ou todos os lugares disponíveis nesse local foram ocupados, salvo se cada Delegação tenha tido o seu redário próprio, reservado em sala específica. Afinal de contas, não é justo retirar alguém que já se encontra confortavelmente instalado(a) em sua rede de descanso, tendo feito uma viagem cansativa!
2. A CHEGADA DA DELEGAÇÃO DE IGARAPÉ-MIRI, COM “POUCAS” HORAS DE ATRASO (algo em torno de duas horas) E A EXPERIÊNCIA DO CREDENCIAMENTO PARA O EVENTO: para este fato, imaginamos, durante a viagem, que uma pessoa devidamente investida de autoridade e designada pela Coordenação Geral do Evento se pronunciaria, logo que nosso ônibus “aportasse” em frente ao Auditório, e que assim se anunciaria: “Senhoras e Senhores, queremos informar que, neste exato momento, está encerrado o Ato de Credenciamento para este Evento. Pedimos a compreensão de todas e de todos e solicitamos que, numa próxima oportunidade, vossa Delegação possa estar saindo de seu Município com algumas horas de antecedência, quem sabe seguindo o exemplo da Delegação de Limoeiro do Ajuru, evitando assim de perder as credenciais e as vagas no redário. Muito obrigado(a)”.
3. A EXPERIÊNCIA DO SR. LIBÓRIO, DO STR DE MOJU, E A “OPOSIÇÃO” FEITA PELO MICROFONE À SUA FALA: ficamos um tanto impressionados com a “atitude” daquele instrumento tecnológico à fala do citado sindicalista, bastante barbudo, aliás. Considerando que o atual governo mojuense (anfitrião do Evento; logo, responsável pela estrutura de Abertura, o que inclui a cedência dos microfones) é do PMDB, não raro antigamente considerando “de direita”, e que o sindicalista é de natureza política “esquerdista”, daria para aceitarmos que a brincadeira de Libório quando falava da “oposição do microfone” até pudesse ser coisa séria. Mas era só para “quebrar o gelo”.
4. EX-PREFEITO DE ABAETETUBA E SUA DISTÂNCIA DO CENTRO DA MESA DE ABERTURA DA CONFERÊNCIA: muito tempo depois de iniciada a citada Abertura (já iniciada com bastante atraso e de acordo com a pontualidade brasileira), vimos chegar ao Auditório o ex-prefeito de Abaetetuba (PA) e sentar-se na primeira fila de cadeiras da plenária. Nesse momento, o Mestre de Cerimônia chama: “Convidamos para compor a Mesa o Senhor Luiz Lopes, Secretário Adjunto de Logística Escolar (SALE) da SEDUC”. Aí o ex-prefeito petista da antiga “Terra da Cachaça” ocupou uma cadeira disponível para essa Senhoria (ex-Vossa Excelência), cadeira esta localizada num ponto bem distante do centro da Mesa de Abertura, onde estavam, dentre outros(as), os atuais prefeitos de Moju e Igarapé-Miri e que simbolizavam o centro do Poder Público naquele momento. Daí concluímos que aquele ditado popular “Este mundo dá muitas voltas” pode ser uma pura verdade, sem deixar de ressaltar que em seu discurso o agora titular da SALE/SEDUC fez uma forte crítica à atuação da atual prefeita de Abaetetuba (Francinette Carvalho), falou dos saudosos “Encontros de Educadores” dos idos de 1980 no Baixo Tocantins (dos quais ele participava), de seus trinta anos de professor em Abaetetuba, do Colégio “Bernardino Pereira de Barros” (em Abaetetuba), e quase nada falou da Pasta que está ocupando na Secretaria Executiva de Educação do Pará.
5. “BARRACA MUNICIPAL DO POVO”: em Moju, a Secretaria Municipal de Educação construiu um muito bonito Auditório Municipal, cuja finalidade maior é dar suporte ao desenvolvimento educacional, cultural (e outros) desse Município. Essa propriedade foi declarada na seguinte fala do (muito bem embasado) atual prefeito de Moju: “Este auditório não é Prefeitura Municipal de Moju; é da Secretaria Municipal de Educação”. As dependências desse Auditório foram bastante elogiadas por pessoas que ainda não conheciam esse lugar. Sobre esse Auditório uma fala do Sr. Luiz Lopes nos chamou bastante a atenção, foi quando ele chamou aquele lugar de “Barraca Municipal do Povo” (sem maldades, pelo que percebemos). Igarapé-Miri precisa urgentemente de uma “Barraca” como aquela.
6. “DIRETORA, PREFEITA, SECRETÁRIA DA SEDUC”: sem más intenções, mas foi assim que, em certo momento da Cerimônia, o Mestre da mesma se referiu à professora MARIA DO SOCORRO COELHO, atual titular da Pasta da Educação em nosso Estado (Pará). Isso deve demonstrar o quanto SOCORRO COELHO é “gabaritada” em nossa Região. Talvez seja em virtude de Socorro Coelho ser do Quadro de Pessoal Docente da UFPA, onde há uma Prefeitura do Campus e várias Diretorias. Mas, será que ela está reunindo apenas em si mesma todas essas funções?!
7. SOBRE O INEDITISMO DE UMA MESMA SECRETÁRIA DE ESTADO SER REPRESENTADA DUAS VEZES, POR MEMBROS DE “ESCALÃO MENOR”, NUMA MESMA CERIMÔNIA DE ABERTURA: foi o que se deu nessa Abertura em virtude de duas falas do Mestre de Cerimônia, quando anunciou o prof. WILSON BARSOSO como presidente da CONAE-PA e “neste Ato, representando Secretária de Estado de Educação”, professora Maria do Socorro Coelho; e, em seguida, anunciou o Sr. Luiz Lopes como representando a mesma Secretária de Estado. Ressalte-se que o atual diretor da SALE é professor, mas não foi anunciado em momento algum como tal! Por que será? Seria por descuido ou por conta do prestígio social de nossa Categoria?
8. SOBRE A FALA DO SR. LIBÓRIO (STR DE MOJU) - PARTE II: ainda na fala desse sindicalista, um dado nos chamou bastante a atenção. Trata-se da referência que fez à “luta” da atual Secretária Municipal de Educação de Moju quanto ao empenho da mesma em prol da educação escolar desse Município. Por sua fala, entendeu-se que Moju sediou a Conferência Regional de Educação graças ao empenho da citada Secretária. Agora a nossa brincadeira bairrista: nesse caso, essa Conferência não teria sido realizada em nosso Município (Ig.-Miri) por falta de empenho de nosso Secretário de Educação?. É uma brincadeira, mas dá para sugerir que nos falta, dentre outras “coisas” do campo da Infraestrutura, uma dessas “Barracas Municipais do Povo”.
9. ALGUMAS PROPOSTAS LEVANTADAS NO GT IV (Formação e Valorização dos Profissionais da Educação): para esse Grupo de Trabalho, uma das Propostas apresentadas foi: “Garantir a aquisição de equipamentos didáticos e tecnológicos adaptados a todas as necessidades educacionais”, proposta esta que veio de alguma das Conferências Municipais realizadas anteriormente nos Municípios da Região de Integração do Tocantins. No momento da apresentação desta Proposta, visando sua aprovação no GT, uma Delegada sugeriu que somente “Aquisição” dos equipamentos não seria suficiente; propôs, então, um treinamento para o Pessoal que iria operar os equipamentos. Então sugeriram que a mesma apresentasse à Mesa uma proposta de texto, para ser apreciada na Plenária e a Delegada apresentou o seguinte: “Garantir a aquisição e treinamento de equipamentos didáticos e tecnológicos adaptados a todas as necessidades educacionais”. Pelo que se pode ler que os “equipamentos” seriam adquiridos e treinados. Deu muito trabalho, mas o equívoco quanto à regência foi desfeito para a alegria do Poder Público que teria de trinar os equipamentos, além de os adquirir.
10. GESTORES DA EDUCAÇÃO (municipal, estadual) VERSUS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO (pública, privada): ao final da Conferência, deveriam ser eleitos os Delegados(as) para Conferência Estadual de Educação. Nessa hora era preciso escolher representantes das várias Categorias que compõem a Comunidade Escolar, dentre estes a dos Gestores(as) da Educação e a dos Trabalhdores(as) da Educação! Ficamos diante de um dilema: os Gestores(as) não são Trabalhadores(as) da Educação? E o trabalho daqueles profissionais, não é trabalho na Educação?!
11. DESFAZENDO UMA MESA DE ABERTURA DE UM EVENTO: coisa bastante comum e inevitável numa situação de Encerramento de Trabalhos de uma Mesa é o ato de desfazê-la. Nesse momento, quem foi convidado(a) para compô-la agora o é para retirar-se. Aqui deixamos uma Proposta de Texto-Base para esse momento (ainda) formal: “Senhoras e Senhores, neste momento damos por encerrada esta Mesa de Abertura do Evento Tal, momento em que convidamos a todas e a todos para se retirar, dar o fora e a procurar um lugar para sentar. Caso o assento não seja achado, a Coordenação providenciará algum para os Senhores e as Senhoras, ainda que a mesma não saiba neste exato momento onde esse assento pode ser achado. Muito abrigado(a)!”.
Desse breve momento (Abertura Oficial) pudemos sugar várias informações engraçadas e outras até sérias, que agora apresentamos para a Comunidade da RI Tocantins (e outras, também). É claro que, para quem está falando de improviso, às vezes as gafes são inevitáveis. Bom trabalho (e diversão) a todos(as), como bem lemos por aquele preceito latino: Ridendo dicere severum: “Rindo, dizer as coisas sérias”.


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Prof. Israel Fonseca Araújo(*)
Prof. José João Quaresma Pena(*)
(*) Professores de Língua Portuguesa/Literatura da SEDUC-PA, e da SEMED-Ig.-Miri (PA). Atuam, atualmente, nas Escolas “Enedina Sampaio Melo”; “Leônidas Monte”; “Leonardo Negrão de Sousa” e “Caetano Corrêa Leão”, nos Municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri. E-mails: fonsecaraujo@bol.com.br; josejoao2@yahoo.com.br

sábado, 5 de setembro de 2009

I FEIRA DA CULTURA RIBEIRINHA das ilhas de Igarapé-Miri














O evento aconteceu no último final de semana de agosto, no rio Mamangalzinho, e discutiu a valorização de identidades das comunidades ribeirinhas do município


Professores, estudantes, lideranças políticas e comunitárias: católicas e evangélicas, residentes ou oriundos da zona rural do município, participaram da I Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri que aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto na localidade de Mamangalzinho às proximidades de Vila Maiauatá. O evento reuniu cerca de dez localidades durante os dois dias do encontro. Dentre elas estavam a comunidade local - Mamangalzinho,Mamangalgrande,Maiuíra, Igarapé - Santana, Médio Maiauatá,Vila Maiauatá e Cidade de Igarapé-Miri... Além de representantes da cidade de Ananindeua (região metropolitana de Belém).
A Feira foi marcada por singulares momentos de valorização da vivência das comunidades que habitam as localidades ribeirinhas do município de Igarapé-Miri. As exposições apresentadas em cada maloca (nomenclatura peculiar dada aos stands da Feira) expressavam o verdadeiro sentimento de clamor ao resgate e apropriação da tradição cultural das comunidades ribeirinhas.
O tema resgatar identidades e construir um futuro com sustentabilidade foi foco central das mesas de discussões do encontro.
A abertura do evento aconteceu no sábado às 20:00 horas,com exposição do projeto conduzida pela comissão organizadora,representada pelos professores Antonio Marcos Ferreira, Israel Araújo, e Tatiandra Machado e pelas lideranças Rai Pantoja e Cristiano Machado, seguida de acolhida ecumênica dirigida pela comunidade local.A programação do sábado encerrou com música popular apresentada pela cantora Ângela Araújo e participação do trio formado por Antonio Marcos , Heidianne e Adriano, cantando música paraense.
No domingo a programação começou por volta das 8:00 h com uma caminhada espiritual da capela local até o centro comunitário, seguida de tempo livre para visitação às malocas. Logo depois, um desfile conduzido pelas Professoras, Tatiandra e Ciléia Martins, apresentou a produção de artesanato, biojóias e tecelagem produzida por pessoas da própria comunidade.
A programação da manhã contou ainda com a mesa de autoridades conduzida pelo Profº Israel Fonseca Araújo, que recebeu o Prefeito Municipal, Roberto Pina Oliveira, o Secretário de Educação Janilson Oliveira Fonseca, o diretor de Economia Solidária Isaac Araújo e a Profª Laura Correia, representado a comissão. O Prefeito considerou em sua fala a importância da Feira para a valorização da cultura local e elogiou a comissão pela iniciativa, assegurou ainda a necessidade de uma discussão imediata para implementação da Feira Ribeirinha no calendário Cultural do município.
A tarde foi marcada por exibição de documentário sobre o município e por uma mesa redonda que discutiu os eixos temáticos: CULTURA,EDUCAÇÃO,TRABALHO E MEIO AMBIENTE, que nortearam a construção do projeto da Feira, com atenção especial para a questão das identidades e da sustentabilidade, no contexto das comunidades ribeirinhas. O Profº Antonio Marcos, membro da comissão organizadora elogiou as políticas educacionais e culturais que por ora vêm apresentando uma um modelo político baseado em um paradigma local “Fico feliz quando vejo a Secretaria de Educação falar de Escola Açaí, da mesma forma quando escuto a empolgação da Secretária de Cultura ao falar do encontro das lendárias cobras do Jatuíra e da Ponta Negra,como uma proposta política cultural para o festival do Açaí” diz ele. Para o Profº Gláucio, o evento é importante justamente por propor um modelo de desenvolvimento através da utilização das potencialidades do município de maneira consciente e frisou o ecoturismo como alternativa de desenvolvimento. A mesa redonda contou ainda a presença da Diretora de programas e projetos da Semed, Lindalva Costa, do Diretor de Aqüicultura e Pesca da SEMAGRI, Raimundo Velho, e do Diretor de Economia Solidária,também da SEMAGRI ,Isaac Fonseca Araújo, que ratificaram em suas falas o discurso de um modelo desenvolvimento a partir da valorização da cultura local e utilização dos recursos naturais de maneira consciente no município.
A programação da Feira, encerrou com um show de músicas sacras do Grupo Guardiões de Fé, de Vila Maiauatá,que com carisma e emoção fechou a I edição da Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri. Momentos singulares que certamente ficarão marcados na historia das comunidades ribeirinhas, sobretudo Mamangalzinho que com humildade, trabalho e impressionante dedicação sediou a I edição do Evento.

sábado, 4 de julho de 2009

Política e sociedade

ORÇAMENTO PARTICIPATIVO REVELA QUE POPULAÇÃO QUER INVESTIMENTO NO SOCIAL

Um Seminário realizado pela equipe do Governo Pina (Governo da Participação Popular) no dia 11 de junho no colégio Estadual Manoel Antonio de Castro (MAC) revelou os números resultantes das plenárias do orçamento participativo, realizadas recentemente nos oito distritos administrativos do município, revelou que a população de Igarapé-Miri quer mesmo investimentos prioritários em políticas sociais. Segundo Mirta Carvalho, da equipe de planejamento do governo, dos oito distritos administrativos do município, cinco deles elegeram políticas sociais como prioridade. A dinâmica das plenárias foi encaminhada por quatro grupos de trabalhos que discutiram as temáticas: Políticas Sociais, Gestão Pública, Desenvolvimento Socioeconômico e Infraestrutura e transporte. Nas plenárias no distrito Cidade a principal prioridade (que precisa de ação imediata do município) apontada pela comunidade foi infraestrutura e transporte,em segundo lugar ficaram Políticas Sociais e Gestão Pública em terceiro. No distrito Maiauatá que corresponde a Vila e adjacências, Políticas Sociais ficou em 1º lugar, seguido de Infraestrutura e Desenvolvimento.As dos demais distritos votaram nas prioridades máximas seguintes: Meruu Açu: Políticas Sociais; Anapu: Infraestrutura ; Panacauera: Políticas Sociais; Caji: infraestrutura; e Alto Meruu: Políticas Sociais.O resultado das plenárias servirá de orientação para a aplicação dos recursos do governo municipal. Segundo Mirta, as plenárias farão parte de uma política de diálogo constante com a comunidade durante o governo Pina e que deverá (se houver boa intenção dos governos posteriores) consolidar-se como política permanente no município de Igarapé-Miri.

AGRICULTURA E DESENVOLVIMENTO

Açaí de Igarapé-Miri foi manchete no Globo Repórter

Estudos dizem que o fruto da Amazônia ajuda a prevenir o câncer, diabetes e doenças cardíacas.

A edição especial sobre a Amazônia do programa Globo Repórter da Rede Globo de Televisão, que foi ao ar no ultimo dia 12 de junho, visitou Igarapé-Miri (município conhecido como capital mundial do Açaí)para falar do açaí. Um fruto que já conquistou o povo brasileiro e tem chegado até outros países da América e Europa.A reportagem lembrou que até pouco tempo (mais ou menos 10 anos) o açaí era uma fruta sem valor, e a extração do palmito (dessa palmeira) era a única utilidade do produto. Foi o momento e que produtores mirienses descobriram que a palmeira em pé poderia dar mais lucro e pediram ajuda Universidade Federal do Pará, com o intuito de encontrar uma fórmula para transformar o açaí em dinheiro.Para o professor Ailton Pires de Lima do Programa Pobreza e Meio Ambiente na Amazônia (Poema), não é fácil rimar desenvolvimento sustentável com preservação da natureza. Mas foi o que aconteceu na região. "Nós entendemos que o primeiro problema deles é que estavam muito presos aos atravessadores. Alguns comerciantes levavam o produto deles sem nenhuma garantia. Muitas vezes, diziam que não conseguiam comercializar e pagavam o que queriam", lembra o professor.
Com ajuda da Universidade produtores mirienses construíram uma pequena fábrica de beneficiamento do açaí "Na pequena indústria, começamos a comercializar açaí com por um valor bem melhor. Isso nos ajudou muito e nos motivou ainda mais. Criamos uma cooperativa. Depois veio outra, e mais outra. Hoje temos várias no município",comemoram João Serrão e Raimunda Almeida (Mundinha). Já são mais de 20 mil famílias trabalhando com o açaí na região.As cooperativas se organizaram para beneficiar os frutos e conseguir preços bem melhores. O agricultor Marco Noda que herdou a plantação hoje tem cem mil pés de açaí. Com isso, dá para abastecer o mercado durante seis meses, na entressafra.Segundo ele, manejar tudo para a entressafra compensa. O produtor abriu até um canal aberto para facilitar o transporte da produção na época das chuvas.
A reportagem mostrou como na hora do almoço, o Mercado do Ver o Peso, em Belém, fica lotado de pessoas consumindo o produto com peixe frito. Segundo a reportagem, ao contrário do que se pensava, açaí não combate a anemia, mas tem muitas outras propriedades. E para quem só pensa nas calorias de um bom pote de açaí... "Um copo contendo aproximadamente 100ml equivale a 67 calorias. Ou seja, é um fruto que contribui com o valor energético. Por outro lado, a quantidade de fibra, em torno de 6,7%, também é extremamente importante", afirma a nutricionista Lúcia Yuyama, coordenadora de pesquisas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).O açaí é também, antioxidante. Uma pesquisa mostra que tomar aproximadamente 100ml de açaí por dia é equivalente à proteção de um copo de vinho. O perfil de gorduras do açaí é muito parecido com o do óleo de oliva, que é reconhecido por ter um perfil propício para a saúde. O açaí ajuda a prevenir doenças que estariam relacionadas ao coração. Segundo o diz o professor Jesus N.S. de Souza, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UFPA.
Nós teríamos que pensar sempre no número de calorias que seriam ingeridas durante o dia. Se você tiver uma dieta balanceada, com número máximo de calorias, poderia utilizar o açaí, limitando uma quantidade diária". Para saber o que de fato nosso organismo aproveita dessa fruta, um grupo de pesquisadores testou o que acontece quando comemos açaí. Cada voluntário consumiu 500ml do produto, durante 24 horas eles fizeram exames de sangue e urina. E os resultados foram animadores. "A quantidade absorvida é pouca em relação ao que tem no açaí. Mas essa quantidade é suficiente para beneficiar a saúde. Podemos prevenir doenças cardiovasculares, câncer, diabetes", revela Camila Bastos, engenheira de alimentos da UFPa.

ENCANTO LITERÁRIO

UMA VOZ

Há uma voz parada no ar
E no coração a vontade de falar
Essa voz que penetra os ouvidos
Há alguém permanente presente
E as retinas lutam nos seus olhos
Para enxergá-los diferente
Mas essa voz
E esse alguém
Só falam uma coisa
Um coração disposto a amá-los!


Marcio Silva Pantoja (Estudante do 1º ano da Enedina Sampaio)

quarta-feira, 6 de maio de 2009

NO RESPLENDOR DA MEMÓRIA

QUEM FOI ANILO CARDOSO?


ANILO MARTINS CARDOSO foi considerado o empreendedor modelo de Igarapé-Miri e Vila Maiauatá. Implantou fábrica de refrigerante e guaraná; sorveteria industrial, fato que introduziu o primeiro picolé no município. Patrocinou a construção do belo cruzeiro de alvenaria, cartão postal da praça da Igreja e sinal de devoção do povo. Construiu e organizou a Bar Alegria, um salão social para o lazer e fez a inscrição do Clube Esportiva Alegria na Federação Paraense de Futebol, fato pioneiro na área do esporte no interior. Construiu a lancha a vapor “Cardozinha” que representou na época, inovação tecnológica para o transporte marítimo na região. Promoveu permanentemente as festas religiosas, a cultura e o folclore do município, com destaque para a festa de São Sebastião, herdada da casa-grande. Na política cumpriu o mandato de vereador no período de 1947 a 1951, sendo ardoroso defensor da emancipação política de Vila Maiauatá.


Prof. Rosário Pantoja
econ.rpantoja@ig.com.br

domingo, 26 de abril de 2009

ESCOLA EM DESTAQUE:

MESA REDONDA DISCUTE TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE/2009
O debate foi uma das atividades da programação da 3ª Semana da Leitura da Escola Municipal Araci Santa Maria
















A Escola Municipal Araci Correa Santa Maria, em Vila Maiauatá, realizou nos dias 31 de março a 3 de abril, a 3ª edição da Semana de leitura, com o Tema : “A paz na escola é fruto da justiça em sociedades”. Dentre as diversas atividades promovidas durante o evento, destacamos a mesa redonda realizada no penúltimo dia programação.
A Mesa contou com professores, estudantes e lideranças políticas e comunitárias que aguçaram o debate sobre o tema em questão, conduzido pelas professoras Gracilene Ferreira (Diretora da escola) e Dilza Machado (Vice-diretora).
O poder legislativo foi representado pelos vereadores Vladimir Santa Maria/DEM ,que participou pela parte da manhã, e fez criticas a ação do estado que para ele tem sido de omissão diante da questão segurança, e Miguel Dílson-Jhay/PT, que esteve no debate pela parte da tarde e falou do empenho do município na promoção de políticas publicas voltadas para a segurança.
A questão da educação e da segurança publica foi bem abordada pelo Profº Sergio Carvalho que reafirmou a citação da frase do Filósofo Sêneca “Eduquemos as crianças e não precisaremos repreendê-las no futuro”, que foi proferida por uma aluna da 8ª série. O Profº Antonio Marcos Ferreira, que participou do evento na condição de convidado especial, destacou as três formas de prevenção contra a violência citadas no texto base da C.F/2009, promovida pela CNNB: A primária ( família, escola, igreja...), A secundária( políticas de repressão a crime) e A terciária (que envolve o processo de reclusão e recuperação do infrator), ou seja, a educação é o melhor caminho, já que as formas secundárias e terciárias, são de complexidades bem maiores. D.Joana Dar’c , líder comunitária do Rio Igarapé-Santana, falou do papel da escola em proporcionar novos horizontes aos estudantes que as vezes buscam outros caminhos por não se sentirem atraídos pelo ambiente escolar. No final da mesa redonda a direção da escola agradeceu os partipantes que colaboraram com a 3ª edição do evento, inclusive com doações de livro e computadores para a escola. A semana da leitura teve o encerramento na sexta-feira, 03 de abril com caminhada pelas principais ruas de Vila Maiauatá, com exibição de cartazes clamando uma cultura de paz na escola e na sociedade.

segunda-feira, 2 de março de 2009

CRÔNICAS DO PROFº ISRAEL

Uma croniquinha de Linguística...

Que traz algumas notas sobre o “Novo” Acordo Ortográfico do Português
Prof. Israel Fonseca Araújo(*)




Olá, tanta gente, e que (talvez) goste de ler as sóbrias loucuras que tenho grafado neste Jornal! Quanta saudade de vocês, de todo mundo(!). É verdade: me senti obrigado a tratar de questões mais voltadas para o último contexto sócioeleitoral e, assim, saí (de raspão) de meu foco. Mas agora estou de volta para as nossas gostosas conversas sobre linguagem. Depois das piriquitas, das lapadas... agora “tá bombando” essa coisa das siglas: GDK, GDF, GDC etc. (Pensei em criar a GD-IS: traduzindo, “Galera do Israel”. Mas para quê?, baseada em quê?, patrocinada por quem?. Melhor deixar essa conversa para depois, mesmo porque essa instituição poderia ter um curto prazo de validade e nem teria músicas gravadas em sua homenagem).
No final do ano passado (Feliz Ano Novo para todo mundo!), na mídia, a bola da vez era a entrada em vigor do “Novo” Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, a partir de 1º de janeiro deste. Pois bem, ele entrou e não sei se alguém sentiu muitas dores devido a esse fato. E quero me meter nessa conversa, mas para dar apenas algumas notas sobre a questão.
Primeiramente devo dizer que o mesmo foi assinado, em Lisboa, a 16/12/1990 (faz quase vinte anos!), por países da chamada comunidade lusofônica – países que têm o português como língua oficial: Brasil, Portugal, Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique, Cabo Verde e Timor Leste. Tendo sido aprovado, em terras pindorâmicas, através do Decreto Legislativo nº 54, de 18/04/1995 (Douglas Tufano. Guia Prático da Nova Ortografia. Melhoramentos, 2008). Isso mesmo, há um Decreto que determina o que é certo e o que é errado na nossa escrita. Depois, o que muda é muito pouca coisa em termos percentuais, mas o bastante para causar medos nas pessoas: a) as letras K, W e Y voltam a fazer parte de nosso alfabeto; b) como já disseram os sábios Cassetas: “voo perde assento e passageiros têm de viajar em pé”; c) o trema não mais existe e a lingüiça agora é uma linguiça; d) há mudanças nas regras de acentuação gráfica, e, logo, Coréia agora é Coreia, jibóia, jiboia e muitos outros casos mais. Mas a pronúncia continua a mesma e o pior é o caso do uso do hífen. Tufano diz que “o documento oficial do Acordo não é claro em vários aspectos” (2008, p. 4) e muita gente está bastante receosa diante da escrita.
Terceiro, ninguém nasce sabendo. Por esse motivo, quem quiser entrar “nos eixos”, nesse sentido, deve se dedicar a estudar as novas regras. Ninguém é iluminado, tendo nascido com essas convenções gravadas em sua k-beça. A escrita é uma convenção, uma (fracassada) tentativa de imitar a fala. Tanto é uma convenção que vigora através de Decreto (documento legal) – já imaginou se houvesse decretos normatizando o uso das vestimentas em nossas festas profanas ou religiosas! Quantas prisões, hein?. Outro depois: Evanildo Bechara, considerado por Marcos Bagno como o maior gramático vivo do Brasil, afirmou em recente entrevista ao “Jornal Nacional” (TV Globo, 30/12/2008) que essas mudanças nunca são para esta geração e, sim, para as gerações futuras. Ufa! E o combatido Pasquale Cipro Neto, no mesmo programa/dia, afirmou não saber se as despesas geradas com essas poucas mudanças não seriam grandes demais.
Quinto, o Acordo já entrou em vigor (1º/01/2009), mas o “antigo” ainda vigora em concomitância com este “Novo” até 31/12/2011. É bom mesmo que todo mundo tenha que estudar isso, para ajudar a desconstruir um mito que há, no Brasil, quanto ao nosso idioma: o que de que o português seria muito difícil (cf. Bagno, em Preconceito Linguístico, o que é, como se faz). Assim ficará mais fácil as pessoas se desprenderem de uma crença idiotizante que temos, ainda muito em nós: a de que não sabemos (saberíamos) o nosso português (Bagno fala em autoaversão linguística).
Por fim (por enquanto), peço que tenhamos bastante cuidado com relação à forma com a qual a imprensa televisionada trata de uma questão como essa. Isso mesmo: é a TV uma das maiores incentivadoras desse preconceito fortemente enraizado em muitas das nossas consciências – a de que o português é/seria muito difícil. Estamos tratando só de escrita! E esta é apenas uma parte da questão (linguagem). Lógico que vamos custar um pouco a nos adaptar às mudanças, mas daqui a um tempo pouco mesmo se falará (para não dizer falar-se-á) sobre isso. Um detalhe a mais: as oxítonas terminadas em I e U continuam não recebendo acento gráfico. E Anapu, Moju, Icatu, caqui, siri, Miri e outras não devem ser acentuadas graficamente.
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(*) Miriense, professor, poeta, colaborador dos jornais A Folha de Maiauatá e Jornal Miriense, do blog afolhademaiauata.blogspot.com e de outras coisas mais!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

EDITORIAL



VIVA A SOCIEDADE ALTERNATIVA !

REFLEXÕES SOBRE O FORUM SOCIAL EM BELÉM E AS DISCUSSÕES SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL EM IGARAPÉ-MIRI. AFINAL, ATÉ ONDE PODEMOS ACREDITAR QUE UM NOVO MUNDO É DE FATO POSSIVEL?


Profº Antonio Marcos Ferreira¹

E-mail: antoniomarcospoeta@yahoo.com.br

Belém do Pará viveu nos últimos dias do mês de janeiro e inicio de fevereiro momentos históricos ao sediar a 9ª edição do Fórum Social Mundial .Criado em 2001, no Brasil, mais precisamente, na Capital gaúcha, Porto Alegre, como uma espécie de contraposição ao Fórum Econômico realizado na Suíça (conduzido pelo grupo dos países mais ricos do mundo G-8) o Fórum Social chegou a Amazônia, justamente, em momento que a região vive o foco das atenções do mundo, por ainda representar a maior reserva florestal do mundo, maior concentração de água doce e de biodiversidade do planeta.etc.
No momento em que o primeiro negro da história, chega ao poder na América do Norte, e tem a crise econômica global como principal adversária,questionamentos decisivos para o futuro da humanidade no planeta começam a vir a tona. Afinal o que o mundo deve esperar da cabeça do democrata, Barach Obama?
Bem...parece-nos é que pelo menos o seu discurso é inovador. Parafraseando o grande Martin Luther King (incontestável defensor da causa negra nos anos 60), Obama diz que tem um sonho,qual seria esse sonho? Ele disse também que quer dar um novo sentido à globalização, que sentido seria esse? Essa resposta ele mesmo nos fornece. Diz que vai lutar para garantir a preservação da identidade de cada nação e para universalizar aquilo que deve ser comum a todos: a paz e o respeito entre os povos. Um discurso que embora capitalista, parece culminar com o espírito do Fórum Social Mundial. É verdade que nem vêem com “bons olhos” ou escutam com “bons ouvidos” a fala de Obama, lembram do que disse o presidente da Venezuela? Ele mesmo, o emblemático e contundente Hugo Chaves! Não esperou nem Obama assumir para mostrar sua visão depreciativa e descrente quanto a política (capitalista) do norte americano.
Mas afinal, até que ponto podemos acreditar que um novo mundo é possível? E a sociedade brasileira, extremamente consumista, estaria apta a abrir mão do atual modelo econômico em nome de uma nova conjuntura (socialista) e a optar por uma economia solidária?
Pelo que se sabe a proposta do Fórum Social seria restabelecer a harmonia entre homem e natureza em nome da defesa da própria vida no planeta (hoje ameaçada pelo aquecimento global), o que significaria romper com a ordem atual em nome de uma política de desenvolvimento sustentável.
Tais questões nortearam as discussões do levantadas durante I Seminário de Educação e Desenvolvimento Sustentável de Igarapé-Miri, promovido pelo grupo que discute a criação do IEPA (Instituto de Educação Popular da Amazônia). O evento foi realizado no dia 23 de janeiro na Escola Aristóteles Emiliano de Castro, em Igarapé-Miri (Ginásio) e contou com a presença dos debatedores: Ary Modesto - da ONG Salve Simphonia -Sociedade Alternativa do Verde Ananin , Fabiano Reis -Biólogo, também ativista da ONG Salve Simphonia (ambos da Cidade de Ananindeua) e do miriense Edson Antunes (Mestre em Ciências Políticas e Secretário de Finanças do governo municipal).Ary Modesto, assim como Fabiano Reis, enfatizaram a proposta de um uso adequado das potencialidades do município e sugeriram, por exemplo, o Ecoturismo como fonte de renda responsável.
Enfim, os debates convergiram para um mesmo caminho: para a proposta de um mundo (no caso um Igarapé-Miri), economicamente viável e com uma política sustentável. Propostas tais que foram ratificadas pelo Fórum Social Mundial de Belém do Pará (que contou com uma ampla representação miriense, em diversos segmentos: políticos, culturais, teológicos e tantos outros). Tomara que depois da euforia do carnaval nossas fantasias sejam deixadas de lado e tais propostas sejam encaminhadas para a prática, e que o município de Igarapé-Miri acorde para a vida e acredite que um novo mundo é possível, mas para isso precisaremos a exemplo dos amigos da “Terra dos Ananins” levantar a bandeira de uma Sociedade Alternativa!

¹Graduado em Filosofia Licenciatura/Bacharelado pela UFPA.Professor de Filosofia no Ensino Médio/Seduc-Pa.Presidente da Associação Artística Ananin. Diretor de Edição do Informativo “A Folha de Maiauatá”e Coordenador do Projeto Laboratório de Imprensa Popular em Igarapé-Miri.

sábado, 24 de janeiro de 2009

20 DE JANEIRO EM VILA MAIAUATÁ: COMUNIDADE REUNIU ROMEIROS DE DIVERSOS RECANTOS, DURANTE A TRADICIONAL FESTA DE SÃO SEBASTIÃO



A Vila de Maiauatá é a sede do 2º distrito do município de Igarapé-Miri. Localizada à margem do rio Meruú Açu na pequena baía formada pelo encontro das águas dos rios Meruú e rio Maiauatá.
A constituição do distrito ocorreu em 30 de dezembro de 1943, através do decreto Lei 4.505. A privilegiada localização permite ao porto de Vila Maiauatá ser um importante entreposto comercial para as ilhas e cidades da região baixo-tocantina.
Segundo o historiador Eládio Lobato, durante a penúltima década do século XIX chegaram à localidade os senhores Gil Braz Alves, Feliciano Martins e José Valloes e estabeleceran-se na Ilha de Concórdia (antigo nome de Vila Maiauatá). Os novos moradores oriundos do Estado do Maranhão, descendentes de europeus, logo iniciaram uma devoção a Santo Antonio, que teve curta duração. No ano de 1900 deram início a devoção à Virgem de Nazaré (hoje padroeira da comunidade católica de Vila Maiauatá).
A festa de São Sebastião teve seu início em 1925, com o coronel Sebastião Pantoja, patriarca de uma das grandes famílias residentes às proximidade do então povoado de Concórdia. A festa era realizada na Casa-Grande, de propriedade do patriarca, com uma vasta programação religiosa e com bailes dançantes no encerramento. Os bailes eram repletos de muito respeito, onde se exigia do cavalheiro trajes de gala (inclusive paletó e gravata).
Com o tempo, a festa de São Sebastião, transformou-se na mais tradicional programação religiosa e opção turística de Vila Maiauatá, realizando-se sempre no mês de janeiro, encerrando-se no dia 20, com Missa matinal e procissão vespertina. A festa secular estende-se pelos dias 21 e 22 com o tradicional bloco do sujo, atraindo visitantes de Igarapé-Miri, Abaetetuba, Belém e outras cidades da região. Os brincantes saem às ruas com os corpos pintados, relembrando a tradição das origens indígenas, onde cada brincante transforma-se em “Bicho Folharal” de Vila Maiauatá.

(Por Profº. e Econ. Rosário Pantoja e Profº. Antonio Marcos Ferreira)Obs: Registro de evento na Paratur
Igarapé-Miri
Nome do Evento: Festival de São Sebastião com carnaval do sujo tradicional
Data/período do evento: 12 a 22 de janeiro
Localidade: Distrito de Vila Maiauatá
Entidade promotora: Comunidade Cristã de Vila Maiauatá e Paróquia de Santana
Fone/Fax: (91)3155-1156/81493315/96099801

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

EM APENAS UM MÊS APOS LANÇAMENTO, "CONTRASTES, poemas que nascem na Amazônia ", JÁ TEM 1ª EDIÇÃO QUASE ESGOTADA. AUTORES JÁ PENSAM EM NOVA TIRAGEM


Publicado no dia 14 de novembro de 2008, conforme foi veiculado pela imprensa da região, a obra literária CONTRASTES, poemas que nascem na Amazônia,de autoria dos poetas/professores Antonio Marcos Ferreira & Israel Fonseca Araújo , já tem 90 % da 1 ª edição esgota. A procura tem surpreendido até mesmo os autores que estão muito satisfeitos com a esse primeiro momento da obra. Os autores já pensam em divulgar o trabalho em outros municípios, já que a crítica tem sido plenamente positiva. Para o escritor Eron de Carvalho ( da Academia Interiorana de Letras e da União Brasileira de Trovadores, Contrastes, embora com uma proposta universal, possui um conteúdo leve, que aproxima-se do leitor, A professora Gilmara Matos (Com Mestrado em Estudos Lingüísticos e Literários) diz que a obra é simplesmente impressionante e deve por mérito incontestável fazer parte do acervo da leituras paradidáticas da região.Já o Escritor Nazareno Gomes, diz, a forma como os autores falam da Amazônia é digna de admiração e reconhecimento,parabéns,diz.Da mesma forma J.Anestor da Associação Artística Ananin, também teceu comentário positivo a respeito da obra,”Ótimo trabalho, afirma” . Entrevistados por uma importante Rádio da Capital ao autores reafirmaram a proposta de um segunda edição da obra.


Informações para= aquisicao(091) 91965746 Falar com Antonio Marcos Ferreira ou(091)81849473 falar com Israel Araújo, ou pelo e-mail antoniomarcospoeta@gmail.com

VEREADORES TAMBÉM FORAM DIPLOMADOS: VILA PELA PRIMEIRA VEZ CONTA COM QUATRO VEREADORES E O PRESIDENTE DA CÂMARA.

A câmara municipal de Igarapé-Miri recebeu os vereadores diplomados em ato cerimonial para o mandato de 4 anos. Com 50 % de renovação os novos e reeleitos parlamentares terão a missão de representar os interesses coletivos. Os vereadores diplomados foram: Wladimir Santa Maria/Fuxico e Constância (do DEM), Miguel Dílson/JHAY Elivelto Miranda (PT),Toninho Quaresma, Santury e Mendonça (PMDB) , Carmozinha (PV) , Maria José e João do Carmo(PSB).Pela 1ª Vez na Historia a Vila de Maiauatá terá quatro parlamentares e o presidente da Câmara: Sendo Eles:Wladimir Santa Maria, Miguel Dílson/JHAY Toninho e Santury. Outro fator relevante para a Terra de Concórdia foi a eleição de Jhay/PT para a presidência da câmara municipal dos vereadores, “que bom que além do executivo teremos também o legislativo a nosso favor, diz Jhay,este foi um fator de suma importância para o andamento das propostas onde buscaremos defender a ética e transparência no exercício do nosso mandato, conclui o vereador.Os vereadores Toninho e Santury, afirmaram que pretendem trabalhar em parceria com o governo defendendo sempre os interesses de todos, o vereador Wladimir, disse a nossa redação, que não pretende fazer o oposição radical, porém vai priorizar aquilo que for melhor para o povo.(Reportagem:Antonio Marcos Ferreira)

ROBERTO PINA É DIPLOMADO E EMPOSSADO NOVO PREFEITO DE IGARAPÉ-MIRI


Aconteceu no final do mês de dezembro na sede do poder legislativo (auditório da câmara municipal dos vereadores) a diplomação do novo prefeito de Igarapé-Miri, Roberto Pina de Oliveira, o evento foi acompanhado por um grande contingente formado por autoridades, imprensa local e publico em geral. Já a festa de posse do novo prefeito foi realizada no dia 1° de Janeiro na Praça Sarges Barros após ato cerimonial e foi marcada por um clima de festa popular feita por eleitores que vestiram a camisa da chapa “Com a força do povo”. A posse do novo prefeito também foi marcada por mais três atos, sendo uma Missa na Igreja de Santana, um Culto Evangélico no colégio Estadual Manoel Antonio de Castro (MAC)) e uma Celebração Ecumênica em Vila Maiauatá que pela primeira vez também teve o “gostinho” de participar dos atos de posse de um prefeito. A lista dos secretários já foi anunciada por Roberto Pina, dentre os que aparecem na lista estão o nome do Vice-prefeito (Francisco Pantoja), que assumirá a Secretaria de Saúde, Professora Benoca que assumirá a secretaria de Cultura e o Professor Janilson Oliveira, que assumirá a Educação no município de Igarapé-Miri. Boa Sorte e Bom Trabalho à nova gestão municipal, é o que deseja a equipe da FOLHA (Por Antonio Marcos)