segunda-feira, 2 de agosto de 2010

EDITORIAL

ASSIM CAMINHA O BRASIL, DEPOIS DA COPA DO MUNDO...

O BRASIL perdeu, ou melhor, “A SELEÇÃO BRASILEIRA” comandada pela ditadura da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) foi eliminada, mas isso pouco importa, nem todo brasileiro irá fazer esse tipo de reflexão. A verdade é que todos nós que vestimos a nossa camisa amarela e enfeitamos as nossas casas e ruas com as cores da bandeira brasileira estamos arrasados com eliminação do time de DUNGA, que todos adotamos como “O NOSSO” TIME. Depositamos todas as nossas expectativas e passamos a torcer. Nossos problemas parecerem que ficaram para escanteio, “VESTIMOS AS MESMAS CORES”, falamos a mesma língua, torcemos pelos mesmos ideais. Quanta confraternização!Quanta celebração! (isso não é legal? Claro que é! Inclusive ganhamos apoio de torcedores e outros povos que não tem tanta expressão no assunto que passaram a torcer juntos conosco). A vitória da seleção parece ser simbolicamente “A NOSSA VITÓRIA”.
Mas o “BRASIL” perdeu e parece que todos os problemas voltaram para as nossas vidas após a eliminação. A desigualdade (embora nível menor a partir do governo LULA) ainda permanece viva; a corrupção e a falta de CONSCIÊNCIA POLÍTICA, nem sem fala; e na educação ainda não temos tanto a comemorar, sobretudo, aqui no norte (que nos digam os últimos números do IDEB). Enquanto isso uma cambada de brasileiros de “MEIA-TIGELA”, nem esperou o jogo com a Holanda terminar que já “tirou a camisa”, logo agora que estamos nos aproximando das eleições presidenciais, e o país vai precisar de nosso verdadeiro exercício de cidadania! Como dizia o saudoso CAZUZA: Brasil mostra a tua cara!
Que mania que temos de “ser brasileiros” apenas em época de copa do mundo! A copa passou, deixou algo de bom? Claro que sim. Quem conhecia a verdadeira África antes do mundial (ainda lembramos o APARTHEID?), quanto desigualdade que na prática ainda encontramos todos os dias inclusive aqui no Brasil (Digo aqui mesmo em Igarapé-Miri).
A copa acabou, mas não podemos “TIRAR A CAMISA” agora e esquecer que ainda somos brasileiros, ou seria melhor dizer: vamos ver quem ainda vai continuar sendo brasileiro!

POEMA

PODER
( Ao dia 13 de março na cidade de Brasília)

Em cada prédio indefinido
Por uma engenharia geométrica de invejável simetria
Em cada esquina indecifrável
Da cidade de Brasília
Asa Norte, Asa Sul

Praça dos três poderes
Quanta exuberância artística
Nos altos da torre de TV eu posso ver
O que milhares de brasileiros não podem enxergar
A cidade de JK
A unidade materializada
De um país que também é meu
Brasil !

Brasília,
Cidade repleta de glamour
De poder e de arte
De justiça e de corrupção
De leis e de barbárie
E de gente que também é gente como a gente !
Que na rua a gente não vê,
Estarão escondidos em confortáveis arranha-céus?
Quiçá em mansões privilegiadas?
Ou em cidades satélites que admitem uma civilização marginal?
Brasilândia?

Brasília!
Capital
Capital do Capital
Símbolo da Unidade
De um país Chamado BRASIL!

ESCRITOR ELÁDIO LOBATO DEIXA VIDA, MAS SEU NOME PERMENECERÁ NA HISTÓRIA DE IGARAPÉ-MIRI


Igarapé-Miri decreta luto após o falecimento do escritor Eládio Lobato, ocorrido no dia 15 de maio na capital paraense onde ele residia. Eládio Correa Lobato, nasceu no município de Igarapé-Miri em 29 de outubro de 1921, filho do Capitão da Guarda Nacional Arcelino Brasiliano de Miranda Lobato e Inês Tourão Correa Lobato.Foi Soldado da Borracha, em 1942, por ocasião da Segunda Guerra Mundial.
Político atuante, escritor, jornalista e editor. Foi vereador, exerceu dois mandatos de prefeito de Igarapé-Miri e duas vezes deputado estadual. Deixou varias obras e artigos publicados, entre as quais a obra “Caminho de Canoa Pequena”, obra mais importante para o município, já que conta a história de Igarapé-Miri, desde antes mesmo de sua fundação política. Eládio Lobato escreveu outras obras importantes como “A Festa de Nazaré e Vila Maiauatá”, “Festas Centenárias de Igarapé-Miri”, “A Fêmea do Cupim” além de outras. Colaborou com jornais de grande veiculação no estado (A província do Pará), editou e escreveu o periódico Correio de Igarapé –Miri, ao lado de sua filha Graça Garcia Lobato, por um longo tempo.
Acadêmico de varias instituições teve seu lugar definitivamente marcado nas Letras do Estado do Pará, como cadeira 01 da Academia Paraense de Jornalismo, cadeira 32 da Academia Paraense Literária Interiorana, membro da Academia de Imprensa de Belém, Associação Paraense de Escritores, Centro Paraense de Estudos Folclóricos e cadeira 19 do Instituto Histórico e Geográfico. O destacado senso de civismo o levou a criar no inicio da década de 70 o Brasão de armas e pavilhão de Igarapé-Miri.Todos esses e atributos o tornaram um mito que ainda continua sempre vivo na História do município de Igarapé-Miri. Após a noticia do falecimento do escritor Eládio Lobato (aos 88 anos), o prefeito em exercício, Francisco Pantoja decretou luto durante três dias no município em forma de reconhecimento pelos inúmeros serviços prestados à historia de Igarapé-Miri.

IGARAPÉ-MIRI DÁ ADEUS AO POETA MANOEL MACHADO

Faleceu no dia 09 de junho um dos nomes mais importantes da escrita miriense. O maior nome da literatura de cordel no município “deixa a vida” aos 80 anos de idade, porém o seu nome certamente não será esquecido. MANOEL ALEXANDRINO DE CASTRO MACHADO nasceu no Rio das Flores no dia 22 de setembro de 1929. Filho muito amado do casal Pedro Paulo Machado e Isabel de Castro Machado. Teve uma infância muito feliz. Desde sua infância, já mostrava seu lado poeta, tendo sua mãe como professora e a principal incentivadora. Esse dom que Deus lhe confiou, com dez anos de idade ela lhe pediu que recitasse uma poesia ao então Governador Magalhães Barata, e Machado levado como ele só, puxou uma cadeira, subiu nela e declamou o poema “A Árvore e o Menino” e foi muito aplaudido por todos. Ele foi crescendo e seu dom foi ficando mais refinado. Casou-se com Nazaré da Costa Machado com quem teve 6 filhos. Foi convidado por vários políticos e celebridades para fazer as suas trajetórias de vida. Ficou muito conhecido por suas obras: “Nossa Terra, Nossa Gente; Brasil 500 anos; Os Artistas de Igarapé-Miri; Igarapé-Miri na era dos Engenhos;” e não podemos deixar de falar do marco das suas obras: “A Balsa dos Derrotados” que sempre levou o povão a rir após a decisão das eleições. Ultimamente aposentado a sua diversão diária era estar com os amigos no fim de tarde jogando “sueca”. Todos seus familiares e amigos sentem-se orgulhosos por terem um ícone tão respeitado, e agradecem a Deus por seus 80 anos de felicidade; pelo exemplo de dedicação, respeito, amor fraternal e acima de tudo o exemplo de como vivermos verdadeiramente!