terça-feira, 12 de julho de 2011

A MATINTA CHEGOU

EDITORIAL DA REVISTA EXPERIMENTAL POLITICOSSOCIAL DA REGIAO TOCANTINA

A Matinha chegou! Ouçam os seus assobios, sobre as terras do Baixo Tocantins, e sobre Igarapé-Miri, nosso ponto de partida. O que outrora foi uma Lenda, vivida no imaginário Popular da Amazônia, agora se constitui em um instrumento de comunicação a serviço da nossa gente. Trata-se da Revista Experimental do Projeto Laboratório de Imprensa Popular, para dizer com as palavras de Umberto Eco (2003) que “A escrita não perdeu a guerra para o audiovisual. Essa magnífica forma de comunicação teve sua revolução a partir do advento da impressa gráfica na Europa, no século XV, isso graças à capacidade e criatividade de Gutemberg. Tal criação teve fundamental importância para o surgimento de um primeiro modelo de jornal, regularmente publicado em 1910 na Alemanha, e do posterior desenvolvimento de veículos de comunicação cada vez mais aperfeiçoados.
Por ser uma ferramenta que consegue agregar diferentes tipos de textos compostos por um complexo número de linguagens, de gêneros discursivos e de ponto de vista de fatos e de idéias, a impressa é considerada por muitos críticos como uma quarta forma de poder. Quem não lembra do impeachment de Collor? Foi acima de tudo impulsionado graças à força emergente da imprensa, que nesse momento viria a contribuir significativamente com o processo de redemocratização do país, outrora iniciado e “se materializado” pela eleição indireta de Tancredo Neves. Valendo também aqui citar o exemplo de exercício da liberdade (tão importante também para a imprensa) protagonizado pelo movimento dos “caras pintadas”.
Na atualidade (pós ano 2000), a consagração da mídia digital nos dá a sensação de vivermos o cenário de um constante Reality Show, isto é, um Big Brother (fazendo aqui referência ao livro1984 de George Orwell) graças aos recursos audiovisuais, a exemplo da máquina fotográfica digital, celular com câmera... bem como a democratização da internet.
Ainda assim, é preciso recuperar as palavras de Umberto Eco, “a escrita não perdeu a guerra para o áudio visual”. Neste sentindo, o Projeto Laboratório de Impressa Popular, criado dentro da estrutura institucional do INCAM (Instituto Caboclo da Amazônia) a partir da proposta dos Núcleos de Cultura e Educação Popular; Tecnologia Social e Desenvolvimento Sustentável.
Esse projeto apresenta-se como um instrumento de valorização e de possível redimensionamento do universo da escrita, assim como contribuir com o processo de democratização da comunicação, possibilitando e estimulando novos escritores e leitores ao exercício dessa dialética prática.
Assim nasce a Matinta, uma ferramenta de Comunicação Popular a serviços da nossa gente, para falar da nossa identidade, da nossa criatividade, da nossa realidade através de uma linguagem Popular.
Bem vindos a esse mundo de “INCAMtamento”, sonhos, realidades da imprensa popular do Baixo Tocantins!

Os editores