sábado, 5 de setembro de 2009

I FEIRA DA CULTURA RIBEIRINHA das ilhas de Igarapé-Miri














O evento aconteceu no último final de semana de agosto, no rio Mamangalzinho, e discutiu a valorização de identidades das comunidades ribeirinhas do município


Professores, estudantes, lideranças políticas e comunitárias: católicas e evangélicas, residentes ou oriundos da zona rural do município, participaram da I Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri que aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto na localidade de Mamangalzinho às proximidades de Vila Maiauatá. O evento reuniu cerca de dez localidades durante os dois dias do encontro. Dentre elas estavam a comunidade local - Mamangalzinho,Mamangalgrande,Maiuíra, Igarapé - Santana, Médio Maiauatá,Vila Maiauatá e Cidade de Igarapé-Miri... Além de representantes da cidade de Ananindeua (região metropolitana de Belém).
A Feira foi marcada por singulares momentos de valorização da vivência das comunidades que habitam as localidades ribeirinhas do município de Igarapé-Miri. As exposições apresentadas em cada maloca (nomenclatura peculiar dada aos stands da Feira) expressavam o verdadeiro sentimento de clamor ao resgate e apropriação da tradição cultural das comunidades ribeirinhas.
O tema resgatar identidades e construir um futuro com sustentabilidade foi foco central das mesas de discussões do encontro.
A abertura do evento aconteceu no sábado às 20:00 horas,com exposição do projeto conduzida pela comissão organizadora,representada pelos professores Antonio Marcos Ferreira, Israel Araújo, e Tatiandra Machado e pelas lideranças Rai Pantoja e Cristiano Machado, seguida de acolhida ecumênica dirigida pela comunidade local.A programação do sábado encerrou com música popular apresentada pela cantora Ângela Araújo e participação do trio formado por Antonio Marcos , Heidianne e Adriano, cantando música paraense.
No domingo a programação começou por volta das 8:00 h com uma caminhada espiritual da capela local até o centro comunitário, seguida de tempo livre para visitação às malocas. Logo depois, um desfile conduzido pelas Professoras, Tatiandra e Ciléia Martins, apresentou a produção de artesanato, biojóias e tecelagem produzida por pessoas da própria comunidade.
A programação da manhã contou ainda com a mesa de autoridades conduzida pelo Profº Israel Fonseca Araújo, que recebeu o Prefeito Municipal, Roberto Pina Oliveira, o Secretário de Educação Janilson Oliveira Fonseca, o diretor de Economia Solidária Isaac Araújo e a Profª Laura Correia, representado a comissão. O Prefeito considerou em sua fala a importância da Feira para a valorização da cultura local e elogiou a comissão pela iniciativa, assegurou ainda a necessidade de uma discussão imediata para implementação da Feira Ribeirinha no calendário Cultural do município.
A tarde foi marcada por exibição de documentário sobre o município e por uma mesa redonda que discutiu os eixos temáticos: CULTURA,EDUCAÇÃO,TRABALHO E MEIO AMBIENTE, que nortearam a construção do projeto da Feira, com atenção especial para a questão das identidades e da sustentabilidade, no contexto das comunidades ribeirinhas. O Profº Antonio Marcos, membro da comissão organizadora elogiou as políticas educacionais e culturais que por ora vêm apresentando uma um modelo político baseado em um paradigma local “Fico feliz quando vejo a Secretaria de Educação falar de Escola Açaí, da mesma forma quando escuto a empolgação da Secretária de Cultura ao falar do encontro das lendárias cobras do Jatuíra e da Ponta Negra,como uma proposta política cultural para o festival do Açaí” diz ele. Para o Profº Gláucio, o evento é importante justamente por propor um modelo de desenvolvimento através da utilização das potencialidades do município de maneira consciente e frisou o ecoturismo como alternativa de desenvolvimento. A mesa redonda contou ainda a presença da Diretora de programas e projetos da Semed, Lindalva Costa, do Diretor de Aqüicultura e Pesca da SEMAGRI, Raimundo Velho, e do Diretor de Economia Solidária,também da SEMAGRI ,Isaac Fonseca Araújo, que ratificaram em suas falas o discurso de um modelo desenvolvimento a partir da valorização da cultura local e utilização dos recursos naturais de maneira consciente no município.
A programação da Feira, encerrou com um show de músicas sacras do Grupo Guardiões de Fé, de Vila Maiauatá,que com carisma e emoção fechou a I edição da Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri. Momentos singulares que certamente ficarão marcados na historia das comunidades ribeirinhas, sobretudo Mamangalzinho que com humildade, trabalho e impressionante dedicação sediou a I edição do Evento.

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