terça-feira, 29 de setembro de 2009

EDUCAÇÃO E SOCIEDADE


PROJOVEM URBANO JÁ ATENDE QUASE 400 JOVENS EM IGARAPÉ-MIRI

O Programa Nacional de Inclusão de Jovens, do Governo Federal (PROJOVEM), desde de abril deste ano em Igarapé-Miri, já atendeu quase 400 pessoas na área urbana no município.Segundo a professora Maria Gabriela Bastos ( Assistente Social e professora de Participação Cidadã do Programa, em Igarapé-Miri), o PROJOVEM urbano busca atender principalmente os jovens da cidade, que se encontram em situação de vunerabilidade social. O programa possui três vertentes, sendo elas:

1) Proporcionar Educação Básica ao jovem, nas áreas de Língua Portuguesa, Ciências Naturais e Humanas;
2) Propor Qualificação Profissional ao jovem (apontando as para áreas: Agroextrativismo, Madeiras e Móveis e Construção e reparos);
3) Promover a emancipação do jovem para o exercício da participação cidadã;

O programa atende atualmente 365 alunos, divididos em 10 turmas, no Pólo que é sediado na Escola Aristóteles Emiliano de Castro (Ginásio). Os alunos também recebem uma bolsa de 100 reais, como incentivo do governo.
Para a Professora Gabriela, em Igarapé-Miri, o desafio tem sido extremamente gratificantes e os resultados vão surgindo à cada momento.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

“Escola Açaí” foi tema da 2ª Conferência Municipal de Educação de Igarapé-Miri

“1. Ato ou efeito de conferir.
2.Confronto, cotejo. 3. Congresso”: assim encontramos definido no Dicionário MiniAurélio o termo Conferência. Eu definiria uma Conferência como um dos mais importantes canais de participação da Comunidade na vida cidadã, legado de nossa “Constituição Cidadã”/1988, que nada mais é do que uma inegável conquista da sociedade brasileira – a civil organizada, ressalte-se. É a vivência, por excelência, do princípio da Participação, da Representatividade (Art. 1º/CF/1988: “Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente”. O ano de 2010 marca o ano da Conferência Nacional de Educação (CONAE, devidamente propalada pela Mídia) e, por isso, Estados e Municípios devem fazer as suas ainda em 2009.
Igarapé-Miri, com bastante atraso, realizou a sua 1ª Conferência Municipal de Educação em 2007 – cujo saldo de tanto esforço parece que não podemos ainda vislumbrar – e, entre 20 e 22 de agosto último, fez acontecer a sua 2ª edição. “Coisa” bastante esperada pela sociedade local, notadamente por educadores(as). O tema Central foi “Escola Açaí: princípios, diretrizes e ações da educação”. A “Escola Açaí” é a proposta pedagógica de escola Pública para o nosso “Caminho de Canoa”, apresentada à sociedade miriense na Abertura Oficial do Evento, cuja exposição coube ao Prof. Esp. Janilson Oliveira Fonseca, atual Secretário Municipal de Educação deste Torrão.
Foram trabalhados nas plenárias de preparação à Conferência Magna os Eixos Norteadores: a) Acesso e permanência do educando na escola, com sucesso; b) Valorização dos Profissionais da educação; c) Gestão democrática da educação no âmbito do Município; e d) Controle da Gestão Pública: participação e controle social, por meio de Conselhos. Nos dias “oficiais” do Evento houve Mini-Plenárias em torno desses mesmos Eixos, com acolhimento das Propostas vindas das Pré-Conferências e colhimento de Propostas nos dias penúltimo e último da 2ª Conferência.
Enfatizo aqui um dos pontos mais debatidos nas “rodas” de conversa entre educadores(as) do Miri, nos últimos anos: Eleições Diretas para Gestores das nossas Escolas (cf. item “c”, acima), já referidas na nossa (quase caduca) Lei Orgânica!, mas que até 2009 não vimos sair do papel, nem das conversas. Imagina-se que se está fazendo um teste para que se possa comprovar o ditado popular: “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Tema este, o das Eleições diretas para dirigentes escolares, enfatizado e reiterado na 1ª edição.
Uma grande equipe de técnicos da SEMED e servidores/colaboradores(as) percorreu os oito Distritos administrativos de nosso “Caminho de Canoa Pequena” (cidade/Sede; Vila Maiauatá; Anapu; Icatu; Caji; Pindobal; Meruú-Açu e Alto Meruú), durante a realização das Pré-Conferências, que ocorreram entre os dias 11 e 14/08/09. A participação de seis (06) segmentos sociais diretamente envolvidos na Educação Escolar do Miri foi de fundamental relevância para o sucesso do “Congresso”: Pais; Alunos; Professores; Gestores/Coordenadores Escolares; Funcionários de Apoio e Movimentos Sociais. Digo que, entre muitos prós e tantos contras, fomos sucedidos nessa empreitada – que não é apenas do Governo Municipal e, sim, da sociedade miriense que acredita na nossa Escola Pública e que nela labuta e por ela luta todos os dias da semana.
Na edição de 2007, este professor presenciou até a um bate-boca no último dia da Conferência e, para esta, tinha feito “preces” para não ter de ver “tal gesto educativo” nesta 2ª. Felizmente, não foi preciso um trabalhador rural ensinar algumas pessoas acadêmicas a se portarem de maneira elegante!. Uma conseqüência prática desta 2ª edição poderá ser a criação do CME (Conselho Municipal de Educação) de Igarapé-Miri, que instituirá o Sistema de Ensino deste Município: são anos de atraso que precisam ficar para trás e serem superados com a mediação desse Conselho, que cuidará da regularização de uma série de “coisas” (“básicas”, como Cursos das nossas Escolas), a fim de podemos avançar com a nossa Educação Escolar, nem que seja a lentos passos. Fica aqui a nossa torcida para que o amanhã seja-nos mais digo de louvor: nisso quero acreditar. Que assim seja.

Prof. Israel Fonseca Araújo(*)
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(*) Brevíssima Nota Autobiográfica: Educador do Município de Igarapé-Miri (PA): da SEMED e da SEDUC-PA (Português). Até então Gestor da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Caetano Corrêa Leão”. Poeta, cronista, colaborador dos jornais: A Folha de Maiauatá e Jornal Miriense; dos blogs afolhademaiauata.blogspot.com; escolaenedinasampaio.blogspot.com. Mantém a página www.fonsecaraujo.blogspot.com (com Isaac Fonseca, educador popular, acadêmico de Letras/Português (UEPA)); escreve no Recanto das Letras (www.recantodasletras.uol.com.br). Especialista em Estudos Linguísticos e Análise Literária (UEPA) e Licenciado Pleno em Letras/Português (UFPA). Ex-Professor no Curso de Letras, no IESSB-CAPANEMA/PA.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

RISOS COLHIDOS E GERADOS NA CONFERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇAO (Moju - PA, setembro de 2009)

A proposta deste texto é expor aos nossos prováveis leitores/as algumas “coisas” que pescamos na CONFERÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇAO (Tocantins), realizada entre os dias 18 e 19 de setembro de 2009, em Moju/PA. Fala de fatos realmente ocorridos, mesclados a outros que a nossa imaginação gerou; alguns notadamente engraçados, outros... deixamos por sua conta (e risco). Pensando num mínimo de metodologia, optamos por dividi-lo em itens, quais sejam:
1. A CHEGADA DA DELEGAÇÃO DE LIMOEIRO DO AJURU, COM UM DIA DE ANTECEDÊNCIA À ABERTURA OFICIAL (um outro olhar para o redário): o redário é o lugar destinado para armadores de redes de dormir. Imaginamos que, em virtude da citada chegada “antecipada”, quase todos ou todos os lugares disponíveis nesse local foram ocupados, salvo se cada Delegação tenha tido o seu redário próprio, reservado em sala específica. Afinal de contas, não é justo retirar alguém que já se encontra confortavelmente instalado(a) em sua rede de descanso, tendo feito uma viagem cansativa!
2. A CHEGADA DA DELEGAÇÃO DE IGARAPÉ-MIRI, COM “POUCAS” HORAS DE ATRASO (algo em torno de duas horas) E A EXPERIÊNCIA DO CREDENCIAMENTO PARA O EVENTO: para este fato, imaginamos, durante a viagem, que uma pessoa devidamente investida de autoridade e designada pela Coordenação Geral do Evento se pronunciaria, logo que nosso ônibus “aportasse” em frente ao Auditório, e que assim se anunciaria: “Senhoras e Senhores, queremos informar que, neste exato momento, está encerrado o Ato de Credenciamento para este Evento. Pedimos a compreensão de todas e de todos e solicitamos que, numa próxima oportunidade, vossa Delegação possa estar saindo de seu Município com algumas horas de antecedência, quem sabe seguindo o exemplo da Delegação de Limoeiro do Ajuru, evitando assim de perder as credenciais e as vagas no redário. Muito obrigado(a)”.
3. A EXPERIÊNCIA DO SR. LIBÓRIO, DO STR DE MOJU, E A “OPOSIÇÃO” FEITA PELO MICROFONE À SUA FALA: ficamos um tanto impressionados com a “atitude” daquele instrumento tecnológico à fala do citado sindicalista, bastante barbudo, aliás. Considerando que o atual governo mojuense (anfitrião do Evento; logo, responsável pela estrutura de Abertura, o que inclui a cedência dos microfones) é do PMDB, não raro antigamente considerando “de direita”, e que o sindicalista é de natureza política “esquerdista”, daria para aceitarmos que a brincadeira de Libório quando falava da “oposição do microfone” até pudesse ser coisa séria. Mas era só para “quebrar o gelo”.
4. EX-PREFEITO DE ABAETETUBA E SUA DISTÂNCIA DO CENTRO DA MESA DE ABERTURA DA CONFERÊNCIA: muito tempo depois de iniciada a citada Abertura (já iniciada com bastante atraso e de acordo com a pontualidade brasileira), vimos chegar ao Auditório o ex-prefeito de Abaetetuba (PA) e sentar-se na primeira fila de cadeiras da plenária. Nesse momento, o Mestre de Cerimônia chama: “Convidamos para compor a Mesa o Senhor Luiz Lopes, Secretário Adjunto de Logística Escolar (SALE) da SEDUC”. Aí o ex-prefeito petista da antiga “Terra da Cachaça” ocupou uma cadeira disponível para essa Senhoria (ex-Vossa Excelência), cadeira esta localizada num ponto bem distante do centro da Mesa de Abertura, onde estavam, dentre outros(as), os atuais prefeitos de Moju e Igarapé-Miri e que simbolizavam o centro do Poder Público naquele momento. Daí concluímos que aquele ditado popular “Este mundo dá muitas voltas” pode ser uma pura verdade, sem deixar de ressaltar que em seu discurso o agora titular da SALE/SEDUC fez uma forte crítica à atuação da atual prefeita de Abaetetuba (Francinette Carvalho), falou dos saudosos “Encontros de Educadores” dos idos de 1980 no Baixo Tocantins (dos quais ele participava), de seus trinta anos de professor em Abaetetuba, do Colégio “Bernardino Pereira de Barros” (em Abaetetuba), e quase nada falou da Pasta que está ocupando na Secretaria Executiva de Educação do Pará.
5. “BARRACA MUNICIPAL DO POVO”: em Moju, a Secretaria Municipal de Educação construiu um muito bonito Auditório Municipal, cuja finalidade maior é dar suporte ao desenvolvimento educacional, cultural (e outros) desse Município. Essa propriedade foi declarada na seguinte fala do (muito bem embasado) atual prefeito de Moju: “Este auditório não é Prefeitura Municipal de Moju; é da Secretaria Municipal de Educação”. As dependências desse Auditório foram bastante elogiadas por pessoas que ainda não conheciam esse lugar. Sobre esse Auditório uma fala do Sr. Luiz Lopes nos chamou bastante a atenção, foi quando ele chamou aquele lugar de “Barraca Municipal do Povo” (sem maldades, pelo que percebemos). Igarapé-Miri precisa urgentemente de uma “Barraca” como aquela.
6. “DIRETORA, PREFEITA, SECRETÁRIA DA SEDUC”: sem más intenções, mas foi assim que, em certo momento da Cerimônia, o Mestre da mesma se referiu à professora MARIA DO SOCORRO COELHO, atual titular da Pasta da Educação em nosso Estado (Pará). Isso deve demonstrar o quanto SOCORRO COELHO é “gabaritada” em nossa Região. Talvez seja em virtude de Socorro Coelho ser do Quadro de Pessoal Docente da UFPA, onde há uma Prefeitura do Campus e várias Diretorias. Mas, será que ela está reunindo apenas em si mesma todas essas funções?!
7. SOBRE O INEDITISMO DE UMA MESMA SECRETÁRIA DE ESTADO SER REPRESENTADA DUAS VEZES, POR MEMBROS DE “ESCALÃO MENOR”, NUMA MESMA CERIMÔNIA DE ABERTURA: foi o que se deu nessa Abertura em virtude de duas falas do Mestre de Cerimônia, quando anunciou o prof. WILSON BARSOSO como presidente da CONAE-PA e “neste Ato, representando Secretária de Estado de Educação”, professora Maria do Socorro Coelho; e, em seguida, anunciou o Sr. Luiz Lopes como representando a mesma Secretária de Estado. Ressalte-se que o atual diretor da SALE é professor, mas não foi anunciado em momento algum como tal! Por que será? Seria por descuido ou por conta do prestígio social de nossa Categoria?
8. SOBRE A FALA DO SR. LIBÓRIO (STR DE MOJU) - PARTE II: ainda na fala desse sindicalista, um dado nos chamou bastante a atenção. Trata-se da referência que fez à “luta” da atual Secretária Municipal de Educação de Moju quanto ao empenho da mesma em prol da educação escolar desse Município. Por sua fala, entendeu-se que Moju sediou a Conferência Regional de Educação graças ao empenho da citada Secretária. Agora a nossa brincadeira bairrista: nesse caso, essa Conferência não teria sido realizada em nosso Município (Ig.-Miri) por falta de empenho de nosso Secretário de Educação?. É uma brincadeira, mas dá para sugerir que nos falta, dentre outras “coisas” do campo da Infraestrutura, uma dessas “Barracas Municipais do Povo”.
9. ALGUMAS PROPOSTAS LEVANTADAS NO GT IV (Formação e Valorização dos Profissionais da Educação): para esse Grupo de Trabalho, uma das Propostas apresentadas foi: “Garantir a aquisição de equipamentos didáticos e tecnológicos adaptados a todas as necessidades educacionais”, proposta esta que veio de alguma das Conferências Municipais realizadas anteriormente nos Municípios da Região de Integração do Tocantins. No momento da apresentação desta Proposta, visando sua aprovação no GT, uma Delegada sugeriu que somente “Aquisição” dos equipamentos não seria suficiente; propôs, então, um treinamento para o Pessoal que iria operar os equipamentos. Então sugeriram que a mesma apresentasse à Mesa uma proposta de texto, para ser apreciada na Plenária e a Delegada apresentou o seguinte: “Garantir a aquisição e treinamento de equipamentos didáticos e tecnológicos adaptados a todas as necessidades educacionais”. Pelo que se pode ler que os “equipamentos” seriam adquiridos e treinados. Deu muito trabalho, mas o equívoco quanto à regência foi desfeito para a alegria do Poder Público que teria de trinar os equipamentos, além de os adquirir.
10. GESTORES DA EDUCAÇÃO (municipal, estadual) VERSUS TRABALHADORES DA EDUCAÇÃO (pública, privada): ao final da Conferência, deveriam ser eleitos os Delegados(as) para Conferência Estadual de Educação. Nessa hora era preciso escolher representantes das várias Categorias que compõem a Comunidade Escolar, dentre estes a dos Gestores(as) da Educação e a dos Trabalhdores(as) da Educação! Ficamos diante de um dilema: os Gestores(as) não são Trabalhadores(as) da Educação? E o trabalho daqueles profissionais, não é trabalho na Educação?!
11. DESFAZENDO UMA MESA DE ABERTURA DE UM EVENTO: coisa bastante comum e inevitável numa situação de Encerramento de Trabalhos de uma Mesa é o ato de desfazê-la. Nesse momento, quem foi convidado(a) para compô-la agora o é para retirar-se. Aqui deixamos uma Proposta de Texto-Base para esse momento (ainda) formal: “Senhoras e Senhores, neste momento damos por encerrada esta Mesa de Abertura do Evento Tal, momento em que convidamos a todas e a todos para se retirar, dar o fora e a procurar um lugar para sentar. Caso o assento não seja achado, a Coordenação providenciará algum para os Senhores e as Senhoras, ainda que a mesma não saiba neste exato momento onde esse assento pode ser achado. Muito abrigado(a)!”.
Desse breve momento (Abertura Oficial) pudemos sugar várias informações engraçadas e outras até sérias, que agora apresentamos para a Comunidade da RI Tocantins (e outras, também). É claro que, para quem está falando de improviso, às vezes as gafes são inevitáveis. Bom trabalho (e diversão) a todos(as), como bem lemos por aquele preceito latino: Ridendo dicere severum: “Rindo, dizer as coisas sérias”.


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Prof. Israel Fonseca Araújo(*)
Prof. José João Quaresma Pena(*)
(*) Professores de Língua Portuguesa/Literatura da SEDUC-PA, e da SEMED-Ig.-Miri (PA). Atuam, atualmente, nas Escolas “Enedina Sampaio Melo”; “Leônidas Monte”; “Leonardo Negrão de Sousa” e “Caetano Corrêa Leão”, nos Municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri. E-mails: fonsecaraujo@bol.com.br; josejoao2@yahoo.com.br

sábado, 5 de setembro de 2009

I FEIRA DA CULTURA RIBEIRINHA das ilhas de Igarapé-Miri














O evento aconteceu no último final de semana de agosto, no rio Mamangalzinho, e discutiu a valorização de identidades das comunidades ribeirinhas do município


Professores, estudantes, lideranças políticas e comunitárias: católicas e evangélicas, residentes ou oriundos da zona rural do município, participaram da I Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri que aconteceu nos dias 29 e 30 de agosto na localidade de Mamangalzinho às proximidades de Vila Maiauatá. O evento reuniu cerca de dez localidades durante os dois dias do encontro. Dentre elas estavam a comunidade local - Mamangalzinho,Mamangalgrande,Maiuíra, Igarapé - Santana, Médio Maiauatá,Vila Maiauatá e Cidade de Igarapé-Miri... Além de representantes da cidade de Ananindeua (região metropolitana de Belém).
A Feira foi marcada por singulares momentos de valorização da vivência das comunidades que habitam as localidades ribeirinhas do município de Igarapé-Miri. As exposições apresentadas em cada maloca (nomenclatura peculiar dada aos stands da Feira) expressavam o verdadeiro sentimento de clamor ao resgate e apropriação da tradição cultural das comunidades ribeirinhas.
O tema resgatar identidades e construir um futuro com sustentabilidade foi foco central das mesas de discussões do encontro.
A abertura do evento aconteceu no sábado às 20:00 horas,com exposição do projeto conduzida pela comissão organizadora,representada pelos professores Antonio Marcos Ferreira, Israel Araújo, e Tatiandra Machado e pelas lideranças Rai Pantoja e Cristiano Machado, seguida de acolhida ecumênica dirigida pela comunidade local.A programação do sábado encerrou com música popular apresentada pela cantora Ângela Araújo e participação do trio formado por Antonio Marcos , Heidianne e Adriano, cantando música paraense.
No domingo a programação começou por volta das 8:00 h com uma caminhada espiritual da capela local até o centro comunitário, seguida de tempo livre para visitação às malocas. Logo depois, um desfile conduzido pelas Professoras, Tatiandra e Ciléia Martins, apresentou a produção de artesanato, biojóias e tecelagem produzida por pessoas da própria comunidade.
A programação da manhã contou ainda com a mesa de autoridades conduzida pelo Profº Israel Fonseca Araújo, que recebeu o Prefeito Municipal, Roberto Pina Oliveira, o Secretário de Educação Janilson Oliveira Fonseca, o diretor de Economia Solidária Isaac Araújo e a Profª Laura Correia, representado a comissão. O Prefeito considerou em sua fala a importância da Feira para a valorização da cultura local e elogiou a comissão pela iniciativa, assegurou ainda a necessidade de uma discussão imediata para implementação da Feira Ribeirinha no calendário Cultural do município.
A tarde foi marcada por exibição de documentário sobre o município e por uma mesa redonda que discutiu os eixos temáticos: CULTURA,EDUCAÇÃO,TRABALHO E MEIO AMBIENTE, que nortearam a construção do projeto da Feira, com atenção especial para a questão das identidades e da sustentabilidade, no contexto das comunidades ribeirinhas. O Profº Antonio Marcos, membro da comissão organizadora elogiou as políticas educacionais e culturais que por ora vêm apresentando uma um modelo político baseado em um paradigma local “Fico feliz quando vejo a Secretaria de Educação falar de Escola Açaí, da mesma forma quando escuto a empolgação da Secretária de Cultura ao falar do encontro das lendárias cobras do Jatuíra e da Ponta Negra,como uma proposta política cultural para o festival do Açaí” diz ele. Para o Profº Gláucio, o evento é importante justamente por propor um modelo de desenvolvimento através da utilização das potencialidades do município de maneira consciente e frisou o ecoturismo como alternativa de desenvolvimento. A mesa redonda contou ainda a presença da Diretora de programas e projetos da Semed, Lindalva Costa, do Diretor de Aqüicultura e Pesca da SEMAGRI, Raimundo Velho, e do Diretor de Economia Solidária,também da SEMAGRI ,Isaac Fonseca Araújo, que ratificaram em suas falas o discurso de um modelo desenvolvimento a partir da valorização da cultura local e utilização dos recursos naturais de maneira consciente no município.
A programação da Feira, encerrou com um show de músicas sacras do Grupo Guardiões de Fé, de Vila Maiauatá,que com carisma e emoção fechou a I edição da Feira da Cultura Ribeirinha das ilhas de Igarapé-Miri. Momentos singulares que certamente ficarão marcados na historia das comunidades ribeirinhas, sobretudo Mamangalzinho que com humildade, trabalho e impressionante dedicação sediou a I edição do Evento.