sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

A GUERRA DE TRÓIA


Igarapé-Miri, 18 de  janeiro de 2012

A GUERRA DE TRÓIA E PREPOTÊNCIA DE AGAMENON¹
Antônio Marcos Ferreira*
Nesta semana, aproveitando um pouco do recesso do meu trabalho - em sala de aula, tive vontade de assisti novamente um filme que considero ser uma das mais brilhantes sagas do cinema mundial, o que o fiz na terça feira 14/01. Trata-se do filme TRÓIA      do diretor americano Wolfgang Petersen.  Esse filme como quase todos sabem narra a epopéia  dos gregos até a mitologia  cidade de Tróia afim de reaver a bela Helena, a esposa de Menelau que havia sido “raptada” pelo príncipe troiano Páris, filho do Rei Príamo.
Na verdade existem certos detalhes que nem todos conseguem enxergar nessa história, como por exemplo, a astúcia e prepotência de Agamenon, o qual se aproveitando  da paixão do irmão traído teria forjado um discurso da compaixão, para aproveitar a oportunidade de ir em busca de seu antigo sonho:  conquistar a fortificada e rica cidade de Tróia.
Agamenon é um aloprado, mais que apesar de sua ganância sabia que sozinho não poderia chegar onde queria, por isso tem paciência de esperar o momento certo para agir. E quando recebe a notícia do que ocorrera a Menelau, apresenta seu falso “ombro amigo” , colocando-se a disposição  para aquilo que fosse necessário.
Agamenon consegue implantar  inclusive uma pseudo-justificativa “coletiva”, alegando que não só Menelau fora ofendido, mas honra grega. Assim consegue juntar todos os lideres  da redondeza encabeçar em uma marcha naval rumo à cidade de Tróia. E com apoio de brilhantes guerreiros e estrategistas como Aquiles e Odisseu tem a seu favor toda a estrutura que precisava para alcançar o seu objetivo particular.
Talvez existam muitos  Agamenons” por aí, aproveitando-se da impotência e da dificuldade de alguém (ou de  algum povo) para implantar seus planos  de poder.  Sendo necessário ficarmos de olhos  bem abertos, pois em uma sociedade democrática precisamos sim legitimar e respeitar as decisões legais (ainda que moralmente não concordemos com nenhuma das prática), mas não ninguém é obrigado a aplaudir o espetáculo da barbárie.

¹Texto lido na Abertura do Programa Remanço do Incam (Rádio Natureza FM 87,9) em 19 de janeiro de 2013
* Graduado em Filosofia (Licenciatura Plena/Bacharelado) – UFPa, Acadêmico do Curso de Administração Pública UAB/UFPa, Professor de Filosofia na Rede Estadual – SEDUC/Pa, Coordenador do Núcleo de Cultura e Educação Popular do INCAM, Presidente do COMCIM _ Conselho Municipal de Cultura de Igarapé-Miri. Possui alguns  trabalhos publicados.
Disponível também no blog:www.afolhademaiauata.blogspot.com

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