sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Sabedorias de um Povo Sábio - Prof. Israel Fonseca Araújo(*)

Olá, tanta gente amiga; amigo(a) que lê as mensagens de parca sabedoria que escrevo neste espaço. Não, não sou Candidato a nem meio Cargo Eletivo nestas Eleições de 2010 (rsrsrsrs). Estou aqui (estamos, entenda-se: viva a polifonia discursiva!) para aclamar a Sabedoria de um Povo Sábio, que é o povo do Brasil (viva a redundância linguística; sepulte-se o nosso eterno medo de nos arriscarmos em matérias de efetivo uso da língua).
Quero refletir com Você, agora leitor(a) deste texto, sobre certas passagens textuais que ouvimos (e lemos) amiúde, passando quase despercebidas, até que fazemos uma reflexão mais detida acerca do conteúdo delas (Viva o operador argumentativo escalar ATÉ! Tradução: esse vocábulo opera, em termos argumentativos, numa escala (por ex. ascendente ou descendente), em construções frasais tais como: Foi uma Reunião Política bastante prestigiada, tendo dela participado Vereadores, Empresários, Prefeitos, Deputados e, até, o Presidente da República (Eu ia dizer “até o Presidente da União Européia”, mas não quis prestigiar essa prestigiada Corte”)). Mas, voltemos à citada Sabedoria: (1) 30/06/10, quarta, na fila do Banpará (Abaetetuba; Igarapé-Miri não tem Agência desse Banco), uma jovem a meu lado sentada observa uma barreira divisória colocada entre o Caixa e as pessoas, o que dificulta a visão de quem está esperando, impedindo que se veja o que a pessoa que está no Caixa está fazendo (quanto, por ex., está sacando). Diz a Moça: “Assim dá pra alguém fazer um assalto lá, puxar um revólver, sem que, aqui, a gente saiba do que está se passando”: é sempre possível avaliar as coisas de, pelo menos, dois pontos de vista, um Positivo (com entusiasmo), um Negativo (com pessimismo)!; (2) No final de junho (2010), o Presidente Lula enfatizou que não “quer ser” o Presidente da ONU, porque acha que esse Cargo deve ser preenchido por um burocrata que saiba se submeter aos interesses dos Países-Membros (mais ou menos assim!). Traduzir-se-ia esse pensamento por “deve ser preenchido por uma pessoa que não teria a habilidade política lulista (ou *lulense!), sua capacidade de articulação e liderança”; (3) Nos preparemos para começar a ouvir as frases de (d)efeito, do tipo: “Neste você pode confiar”, durante as Eleições de 2010. Claro, nele(a) confiaremos; noutros(as), NÃO. É isso?; justamente fazendo referência a uma categoria que teria precisado de uma Lei “Ficha-Limpa” para ser monitorada (guardem as devidas cautelas e proporções nestas horas!)?; (4) E eis que estava a Argentina a perder para os alemães (lembrei de certa Colega minha, de estudos, que ao pronunciar o plural dessa gente, bradou, cheia de charmes, um “alemões”/rsrsrsrsrs) quando o pessoal da TV Globo pede a opinião do ex-cruzeirense Sorin: fiquei sem saber se traduzia esse nome por Shorin ou por Sorinho – este, de medicamento para curar o bafo deles. Fiquei com o Shorin, pela solidariedade que devo ter por tão nobres hermanos; meu filho, que leva nome italiano (Giovanni), sofria bastante com essa besteira de torcer para time inferior à Seleção Canarinho; (5) Quando pensamos que a publicidade (no comércio miriense) já chegou a seu ápice eis que surge uma loja que vende tudo a “preço único” com duas possibilidades de pagamento (R$ X ou R$ Y): está vendendo produtos “no paneiro”, por conta desta nova estratégia linguístico-discursiva; (6) Derradeira, por ora: sabem por que a Argentina levou aquela rimpada e caiu “de quatro” ante à Alemanha? Por conta de problemas aéreos: era preciso que eles colocassem primeiro os pés no chão. P. S.: Essas notas sobre los hermanos são uma mostra de minha afeição por meu primogênito Giovanni do Nascimento Araújo. Frases de (d)efeito sobre o goleiro Bruno: a) Bruno sai do Flamengo e vai para Bangu (Sendo só ir, passar um tempo e voltar deve-se usar o “a Bangu”, em respeito às normas da Gramática Normativa de “nosso” Português); b) Bruno toma café da manhã podendo optar por um copo de café ou um de leite; c) Bruno dorme em uma cama de seis metros quadrados, sem direito a Acompanhante, seja do sexo que for. Forte abraço, amigos(as).

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(*)Israel Fonseca Araújo é professor/sonhador da área da Linguagem; poeta/cronista; Sócio-Fundador do Incam (Instituto Caboclo da Amazônia); escreve para os jornais “A Folha de Maiauatá” e “Jornal Miriense”, para os Blogs afolhademaiauata.blogspot.com e escolaenedinasampaio.blogspot.com e no WWW.recantodasletras.uol.com.br/professorisrael.

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