segunda-feira, 14 de maio de 2012

EDITORIAL: ESTRADA DA VILA DE QUEM É A CULPA?

(Prof. Antonio Marcos Ferreira) Após algumas mudanças no Projeto Laboratório de Imprensa Popular em Igarapé Miri,do qual resultam as publicações da Revista Experimental MATINTA e o Informativo A FOLHA DE MAIAUATÁ (impresso e via blog), e por considerarmos as constantes cobranças sociais para o retorno deste instrumento que é vinculado a estrutura institucional do INCAM – Instituto Caboclo da Amazônia decidimos que era necessário retomarmos às publicação d’A FOLHA DE MAIAUATÁ.Este veículo que não possui interesse mercadológico volta a cumprir a sua função social de instrumento de comunicação popular Nessa edição de retorno à publicação d’A folha de Maiauatá o nosso editorial discute a situação da Estrada da Vila. Depois de muitos ditos e não feitos, a Rodovia PA 407 (recentemente “batizada” como Rodovia do Açaí), continua quase que intrafegável. Os gigantescos buracos no péssimo asfalto aplicado em 2006, tornam a rodovia (que de PA só tem o nome) bem mais caótica a cada dia. São décadas de desatenção do poder público que ignora a importância sócio- econômica da Estrada da Vila para o município de Igarapé-Miri. Os 600 cidadãos , aproximadamente, que diariamente fazem o percurso vila-cidade e vice-versa, as 06 (seis) unidades escolares de ensino fundamental e médio (não incluindo as escolas de Vila Maiauatá); as 98 toneladas de frutos de açaí que entre agosto e janeiro movimentam a economia local, assim como as 2.688 (duas mil seis seiscentos e sessenta e oito) toneladas anuais de conserva de palmito (conforme dados do Movimento pela pavimentação da Rodovia do Açaí) e tantos motivos mais, não tem sido suficiente para provocar a atenção do poder público para a importância da Rodovia que é popularmente conhecida com Estrada da Vila. Em 2011 foi criado o Movimento pela pavimentação da Rodovia do Açaí (formado por lideranças comunitárias, religiosas e políticas), o qual após realizar vários atos públicos foi até Belém cobrar atenção do governo estadual, mas até agora parece que não se tem respostas concretas para a solução do problema. A referida rodovia que já caminha para 4 (quatro) décadas de existência continua sendo vítima do abandono e desconsideração por parte do poder público. Resta-nos é perguntar: De quem é a culpa?